Responder a um e-mail, colocando um telefonema em espera e conversando com um colega, é o que você faz? Talvez assim você seja produtivo, mas vai acabar sofrendo de exaustão profissional e perder em eficiência. Essa é a questão: continuar assim ou tentar fazer diferente?
O multitasking é a arte de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Na era digital em que vivemos e dos gadgets de alta tecnologia (smartphones, tablets, relógios conectados...), nós somos atingidos por informações visuais e auditivas constantemente. E não estamos nem falando das interrupções ligadas às redes sociais como Facebook, Google Plus ou Twitter, grandes causas de nossa grande conexão. A ideia chave: a informação em tempo real e... o tilt de nosso cérebro.
Um mito da eficiência pessoal
Gerenciar várias atividades ao mesmo tempo faria parte dos mitos da eficiência pessoal. De acordo com Douglas Merrill, ex-vice-presidente do Google e autor do best-seller “Getting organized in the Google Era”, existiria outros meios simples para retomar o controle sobre a nossa eficiência, por exemplo, deletando as ocasiões de distração. Quando nos encontramos em frente a informações “demais”, se desconectar pode nos ajudar a ser mais eficientes ainda.
Uma perda de concentração
De acordo com uma entrevista de Didier Pleuse, psicólogo clínico francês, essa “hyperestimulação” equivale a uma perda de concentração. Poderíamos até falar de riscos de sobrecarga mental. A causa disso, “o input”, operação mental importantíssima no tratamento da informação. “Na verdade, nós somos tão rápidos e eficazes se aceitamos de perder um pouco de tempo na fase de entrada e de análise das informações do problema que devemos resolver”, disse ele. Sem essa etapa, o risco é de entrar na fase da reatividade sem ter analisado o problema inicial. A perda de tempo é consequente quando se trata dos vá e vem e dos erros potenciais (que podem aumentar o tempo de tratamento do problema de 25%). Também teria que aceitar de parecer mais lento no começo para ser mais eficiente no final, evitando situações constrangedoras que podemos viver no nosso dia a dia.
Então, o que fazer?
Reaprenda fazer cada coisa em seu tempo: sim, é possível!
Pois é, essa hyperestimulação teria como consequência que nós seriamos mais receptivos aos estímulos visuais, então as fotos ou suportes como Power Point, por exemplo, e muito menos a um texto. Nós teríamos tendência a deixar pra mais tarde tarefas mais complexas para o nosso cérebro.
Adote técnicas de desconexão: largue esse telefone!
Para que fique claro: largue essa joia de tecnologia. Adote técnicas de desconexão. Mais concretamente, largue o seu smartphone. Tire-o de sua vista. Concentre-se algumas horas nos seus projetos importantes. Assim você vai talvez conseguir sair mais cedo do trabalho.
Na internet, clarifique o objetivo de sua pesquisa: sim, tem um ponto de partida
Evite começar uma pesquisa que vai gerar um clique, e mais um clique, e mais um clique... te fazendo esquecer o objetivo inicial de sua pesquisa.
Lembre-se que toda aprendizagem leva tempo (repita essa frase para você mesmo)
Sim, aprender leva tempo e gera até frustração.
Para concluir, vire fã da “digital detox” e siga o conselho de Tony Schwartz no blog Harvard Business Review e redescubra “The magic of doing one thing at a time”, ou seja, fazer uma coisa de cada vez. Talvez, daqui a alguns anos, a tecnologia conectará o nosso cérebro as novas tecnologias para aumentar a nossa capacidade de desempenho e rapidez de execução. Assim, nós vamos poder resolver problemas ultracompletos fazendo várias outras coisas ao mesmo tempo.
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