Negócio falido, sem aposentadoria e reservas de dinheiro acabando, Júlio César Alves Ferreira, 63 anos, está à procura de um emprego. Morador da zona Norte do Rio de Janeiro, ele teve que apertar o cinto e cortar certas despesas: viagens, passeios e idas ao cinema. Só sobrou o seu vício por cigarros. Distribuiu currículos e passou entrevistas mas não teve retorno. Ele diz “Está difícil, ainda mais para uma pessoa da minha idade”.
A história de Júlio César está cada dia mais comum. Recentemente, com a quebra de poder de compra das famílias brasileiras e a crise financeira, os brasileiros são cada vez mais a procurar um emprego no mercado do trabalho.
Segundo Folha Vitória, “a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, mostra que, no segundo trimestre, 1,747 milhão de pessoas engrossaram a força de trabalho (formada por pessoas empregadas ou em busca de trabalho) na comparação com igual período de 2014 - destas, 502 mil têm 60 anos ou mais”.
Uma tendência mundial surgiu há pouco tempo: os idosos continuam a trabalhar e/ou procuram empregos enquanto a economia estiver ruim. De acordo com Folha Vitória no Brasil, nas seis principais regiões metropolitanas, “90% das pessoas que ingressaram no mercado de trabalho neste ano tem 50 anos ou mais”.
Essa população de baby-boomers (entre 50 e 60 anos, que nasceram nos anos 1950, época de grande fecundidade, logo depois da 2ª guerra mundial) faz crescer a proporção da população que está procurando uma vaga de emprego.
Folha Vitória mostrou o lado positivo dessa tendência: “o Brasil precisa de uma força de trabalho maior para poder continuar crescendo”.
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